quinta-feira, 31 de outubro de 2013

[Vídeo] Em entrevista a Jô Soares, Thalles Roberto contou histórias de sua vida e carreira como cantor; Assista

[Vídeo] Em entrevista a Jô Soares, Thalles Roberto contou histórias de sua vida e carreira como cantor; Assista
A entrevista de ThallesRoberto a Jô Soares foi apresentada pela TV Globo na edição de ontem do talk show, e contou com breves relatos da história do cantor, algumas palhinhas com voz e violão e a apresentação, com banda, da música “Sejam Cheios do Espírito Santo”, título do CD lançado por ele recentemente.
Thalles afirmou que a entrevista tinha um significado especial para ele: “[Era] meu sonho estar aqui, sabia Jô? Um prazer muito grande”, afirmou o cantor, que falou sobre sua mania de “comer” tampinhas de garrafa plástica.
Dentro das peculiaridades comportamentais de Thalles, o cantor contou sobre sua distração, como sair do carro e deixá-lo ligado, por exemplo.
Questionado por Jô Soares a respeito do relacionamento com sua esposa, Daniela Campos, Thalles contou que era apaixonado por ela desde a infância, mas que devido à diferença de realidade social entre as famílias, não ousava se aproximar. O cantor mostrou um trecho de uma música composta por ele para Daniela, e usada para conquistá-la quando ele finalmente tentou uma aproximação.
Ressaltando sua infância vivida na igreja, Thalles mencionou sua fase como backing vocal da banda Jota Quest como porta de contato com as bebidas. No entanto, o cantor frisou que não foi apresentado às drogas pelos músicos da banda mineira, mas como tinha sido criado na igreja, teve curiosidade e quis experimentar, o que o levou a exagerar. O exagero, rendeu histórias diversas, e Thalles relatou uma delas na entrevista.
Falando sobre sua fase como cantor gospel, Thalles relatou que certa vez foi fazer show numa cidade e, no meio da ministração, disse ao público que o “capiroto” – uma referência ao diabo – queria destruir a vida das pessoas, e por isso elas não deveriam dar atenção às tentações malignas. Porém, o cantor não contava com o fato de que o apelido do prefeito da cidade era Capiroto, o que gerou grande constrangimento.
Assista à íntegra da entrevista de Thalles Roberto no Programa do Jô:



Operadoras podem fixar validade para crédito de celular pré-pago

A decisão, do presidente do STJ, ministro Félix Fischer, suspende liminar concedida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) que proibia o estabelecimento de prazos.



O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que as operadoras de telefonia celular podem fixar prazos para a utilização de créditos inseridos em planos pré-pagos. A decisão, do presidente do STJ, ministro Félix Fischer, suspende a liminar concedida anteriormente pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que proibia o estabelecimento de prazos para o uso dos créditos.


O pedido de suspensão da liminar foi feito pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), sob alegação de que os créditos devem ter prazos de validade para evitar aumento de preços ao consumidor e para preservar o modelo de negócio pré-pago, “cujo sucesso permitiu a massificação desse serviço de telecomunicações em benefício de milhões de brasileiros”. Atualmente, existem mais de 200 milhões de acessos móveis pré-pagos. 
Segundo a Anatel, se os créditos fossem "eternos", conforme determinavam as decisões anteriores, haveria risco de aumento de preços aos usuários em geral, porque as prestadoras teriam que repassar a todos os clientes os gastos necessários para manter as linhas ativas deficitárias. A agência argumenta também que a manutenção eterna das linhas reduziria a quantidade de números disponíveis para o serviço.
A agência explica que, com a decisão anterior, se um consumidor adquirisse uma linha telefônica pré-paga (chip) com R$ 10 de crédito, por exemplo, poderia, consumir R$ 9 e permanecer com saldo de R$ 1 eternamente, com sua linha ativa e passível de receber chamadas para sempre, provocando prejuízos operacionais à prestadora, que tenderia a repassá-los integralmente aos consumidores. “A manutenção de créditos eternos colocaria, portanto, em risco a existência do modelo de negócio pré-pago, o mais popular do Brasil, utilizado por 80% dos usuários de telefonia móvel”, argumenta a Anatel. 
O ministro reconhece a sistemática da agência sobre os créditos de telefone celular pré-pagos. “O serviço pré-pago é remunerado apenas pelos créditos adquiridos pelos usuários. Eles são usados para que se façam ligações, e não para recebê-las. A indefinição de prazo de validade dos créditos pode significar o uso, ainda que parcial, de serviço gratuito”, disse Fischer em sua decisão.
Pela regulamentação da Anatel, as operadoras podem oferecer créditos com prazos de validade de 90 dias e 180 dias, de forma que o usuário não se veja obrigado a inserir créditos mensalmente. As prestadoras são obrigadas a revalidar créditos suspensos no momento da inclusão de novos créditos.



Confira o resultado do Exame de Ordem da OAB

Prazo para recursos começa a partir das 12 horas, desta sexta (1º) e vai até, às 12h, segunda-feira (4).



O exercício da advocacia depende da aprovação no Exame de Ordem da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que divulgou nesta quinta-feira (31) o resultado da 2ª fase do XI Exame de Ordem Unificado. 
Confira o resultado aqui
prazo recursal começa a partir das 12 horas, desta sexta-feira (1º) e vai até, às 12h, segunda-feira (4). Os recursos podem ser interpostos no site da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado final do XI Exame – após a análise e consideração dos recursos interpostos – será divulgado no dia 19 deste mês.

Anac intensifica monitoramento nos preços de passagens aéreas



Objetivo é esclarecer informações divergentes sobre reajustes de preços das passagens aéreas nos últimos anos.


A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vai intensificar o monitoramento nos preços do 
transporte aéreo a partir de agora, e os representantes das companhias Gol, TAM, Azul e Avianca se comprometeram a usar absoluta clareza nas informações de preços, rotas e demais informações para o usuário, de acordo com a secretária nacional do Consumidor (Senacon), Juliana Pereira da Silva.



O compromisso foi firmado durante reunião hoje (31) com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que envolveu as empresas, a Anac, o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) e representantes dos ministérios da Fazenda, do Turismo e da Casa Civil da Presidência da República. Todos com o objetivo de esclarecer informações divergentes sobre reajustes de preços das passagens aéreas nos últimos anos.
Enquanto o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fala em reajuste real (acima da inflação) de 131,5% de 2005 a 2012, a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear) sustenta que o preço médio da passagem caiu de R$ 575,47 para R$ 294,83 no período analisado, com redução nominal de R$ 280,64 (-48,77%), ante inflação de 50,17%.
Depois da reunião, Juliana Pereira disse que o importante é que haja clima de tranquilidade na oferta do serviço aéreo, tanto em tempos de normalidade como em períodos de maior demanda, por exemplo, durante a Copa do Mundo de 2014, que coincidirá com época de férias. Ela alertou que “qualquer prática de preço abusivo será coibida”.

Objetivo é esclarecer informações divergentes sobre reajustes de preços das passagens aéreas nos últimos anos.


Também participaram da entrevista com a imprensa o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, e o diretor-presidente da Anac, Marcelo Guaranys. Sanovicz disse, na ocasião, que é preciso muito cuidado nas análises de preços, pois não se pode medir preços com base em projeções, que nem sempre são operadas. Como os preços de passagens têm comportamento dinâmico, e podem mudar a qualquer momento, dependendo da demanda, a comparação deve ser pelas tarifas efetivamente comercializadas.
Quanto à preocupação com possível aumento da demanda de passageiros na Copa do Mundo, ele destacou, com base nos dois últimos torneios de futebol (Alemanha, em 2006, e África do Sul, em 2010) que durante a Copa o tráfego aéreo diminui. Em caso de necessidade de mais frequências de voos para as cidades-sede de jogos, em datas específicas, é só botar voos extras, de acordo com a demanda.
“Não haverá”, segundo ele, “uma malha aérea para a Copa”. Até porque só 25% a 28% dos voos serão impactados pelos jogos, em rotas específicas. O cenário não é, portanto, para correr e se antecipar na compra de passagens na época da competição da Federação Internacional de Futebol (Fifa), até porque nem foi feito ainda o sorteio dos dias de jogos em cada cidade, destacou.

Nexus 5 revelado: Google lança seu novo representante com Android 4.4 Puro



Nexus 5 deixou de ser um mistério para o mundo nesta quinta-feira (31). Anunciado pelo Googleem San Francisco, o sucessor direto do Nexus 4 é também fabricado pela LG, traz consigo o novoAndroid 4.4 Kit Kat em sua versão pura, 4G e em uma poderosa tela Full HD de 5 polegadas. O destaque, entretanto, continua sendo o preço: por US$ 349 (cerca de R$ 800) é possível adquirir um modelo de 16 GB, branco ou preto, sem contratos com operadoras, nos Estados Unidos.

Nexus 5 é revelado sem festa de lançamento (Foto: Divulgação / Google)

A nova tela IPS de 4.95 polegadas FullHD é o grande atrativo no hardware, protegido pelo Gorilla Glass 3 e com 445 ppi de densidade. Já a câmera tem 8 megapixels e vem com estabilizador ótico e flash LED, além de uma funcionalidade chamada HDR+, evolução do padrão famoso por compensar partes escuras e claras de uma foto. Segundo as impressões do site "The Verge", sua performance "não faz com que donos de um iPhone 5S ou Lumia 1020 achem que estão perdendo alguma coisa".

Nexus 5 continua com bom preço, mas câmera ainda não é o seu forte, segundo as primeiras impressões (Foto: Divulgação / Google)

O coração do Nexus 5 é o processador Snapdragon 800, um quad-core Krait 400 rodando a 2,3 GHz com processador gráfico Adreno 330 e 2 GB de RAM. Como todo smartphone da linha Nexus, o Android 4.4 KitKat brilha em sua versão mais pura, sem interferência de outras fabricantes, do jeito que o Google pensou. Juntos, a performance chega a ser superior ao do Galaxy Note 3 ou doLG G2, segundo o benchmark da Rightware.
Qual comprar: Nexus 4, 5 ou Moto X?Participe do debate no fórum
No design do Nexus 5, pouca novidade: design minimalista, bordas superior e inferior abalroadas e frente sem botões físicos - semelhante ao Nexus 4. Os botões de volume e bloqueio de tela, em cerâmica, continuam no mesmo lugar, mas o material plástico usado em sua fabricação desaponta perto de tops como iPhone 5S e HTC One.
Alimentado por uma bateria de 2.300 mAh não removível, o Nexus 5 pesa 130 g (9 g mais leve do que o Nexus 4) e é vendido desbloqueado também em uma versão de 32 GB pelo preço de US$ 399 (cerca de R$ 900), nas cores branca e preta.
Junto com o telefone, o Google lançou capas coloridas e bumpers oficiais para o Nexus 5, nas cores preta, vermelha, cinza e amarela por US$ 35 (cerca de R$ 80). Outra novidade foi a base para recarregamento sem fio, semelhante ao lançado pela Nokia para o Lumia 920. Compatível com o Nexus 5 e o Nexus 7 (2013), o acessório ainda não teve o seu preço revelado.
O Nexus 5 é compatível com 3G, 4G LTE, Wi-Fi a/b/g/n/ac, Bluetooth 4.0 LE, A-GPS e NFC, e será vendido, a partir desta sexta-feira, nos Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, França, Alemanha, Espanha, Itália, Austrália, Japão e Coreia do Sul.

Dólar fecha em alta e alcança maior valor em mais de um mês

Moeda supera R$ 2,23 pela primeira vez desde 27 de setembro.
Dólar subiu 1,93%, para R$ 2,2343.


O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (31), no maior valor em mais de um mês e de volta ao nível de R$ 2,23, influenciado por dados que sinalizam fortalecimento da economia dos Estados Unidos e que podem fazer a política de estímulos no país começar a ser retirada ainda neste ano.
A valorização ocorreu desde o início do dia, e foi alimentada também pela briga de investidores para deslocar a taxa de câmbio Ptax para patamares favoráveis a suas apostas. Contudo, mesmo após a formação da taxa por volta das 13h, as notícias internacionais continuaram dando fôlego à divisa norte-americana, disse a Reuters.
A moeda americana subiu 1,93%, para R$ 2,2343, próximo da máxima do dia. É a primeira vez que o dólar supera R$ 2,23 desde 27 de setembro, quando fechou a R$ 2,2575. Veja a cotação
No mês, o dólar subiu 0,81% e na semana, 2,09%. No ano, a alta da moeda é de 9,27%.
"O pessoal puxou a cotação na hora da Ptax para tentar fazer um preço um pouco para cima. Mas também tem os dados da economia dos EUA, que desencadearam esse movimento", afirmou o operador de câmbio da Renascença José Carlos Amado, à Reuters.
O ritmo de atividade empresarial no Meio-Oeste dos Estados Unidos saltou em outubro, superando as expectativas, mostrou nesta quinta-feira relatório do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) de Chicago. A medida de negócios do ISM de Chicago subiu para 65,9, ante 55,7 em setembro.
Incertezas
Na quarta-feira, o Fed manteve o programa de estímulo à economia norte-americana, afirmando que, por enquanto, continuará comprando US$ 85 bilhões em títulos ao mês. Alguns integrantes do banco central norte-americano chegaram a ressaltar a perspectiva de crescimento mais fraco devido em parte à disputa fiscal em Washington que paralisou boa parte do governo por 16 dias neste mês.

Por outro lado, o BC dos EUA também destacou sinais de recuperação na maior economia do mundo, retirando de sua lista de riscos a referência ao "aperto das condições financeiras observado nos últimos meses." Alguns investidores interpretaram esta mudança como um sinal de que a redução dos estímulos monetários seja possível ainda este ano.
A falta de clareza sobre o momento de redução do programa de estímulos do Fed deixou investidores "desconfortáveis, provocando um movimento de aversão ao risco" que levou muitos a se refugiarem no dólar, disse à Reuters o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.
BC
Na manhã desta quinta, o BC deu mais um passo em seu programa de intervenções diárias no mercado de câmbio, com a venda de 10 mil contratos com vencimento em 2 de junho de 2014. Os contratos com vencimento em 5 de março de 2014, também oferecidos pelo BC, não foram vendidos. O volume financeiro equivalente do leilão foi de US$ 495,8 milhões.

Ações da OGX saem do Ibovespa com queda de mais de 23%

Foi feito leilão para definir o preço de retirada dos papeis do Ibovespa.
Ações saem do índice mas continuam a ser negociadas na bolsa.


As ações da OGX fecharam o leilão especial para serem retiradas do Ibovespa, o principal índice de ações da Bovespa, com queda de 23,52%, valendo R$ 0,13, informou a bolsa nesta quinta-feira (31). Após o pedido de recuperação judicial feito pela empresa, as ações deixarão de fazer parte do cálculo do índice a partir de sexta.
A negociação dos papéis também ficou suspensa por uma hora no início do pregão, mas continuará a ser realizada normalmente.
Por conta do leilão, o preço das ações foi definido antes do fechamento da bolsa, segundo a assessoria da BM&F Bovespa.
O leilão, que ocorreu a partir das 16h, foi feito para determinar o preço de saída das ações da petroleira de Eike Batista do Ibovespa. O peso teórico da OGX na carteira do Ibovespa, que era de 2,28% nesta quinta, será redistribuído proporcionalmente entre as outras ações do índice, sem a entrada de novas ações no Ibovespa.
Retirada das certeiras
Segundo comunicado da bolsa, a ação "OGXP3 será excluída das carteiras teóricas após o encerramento do pregão regular de 31/10/2013 ao preço determinado pelo procedimento especial de negociação, sendo sua participação distribuída proporcionalmente aos demais integrantes da carteira".

A negociação é uma forma de ajustar o valor da ação e rebalancear o Ibovespa. A saída das ações da OGX, no entanto, vai atingir também os fundos indexados ao Ibovespa e outros índices da bolsa: IBRA, IGC, IGCT, IGNM, ITAG, SMLL e ICO2.
A ação também será excluída do IBRX 100, sendo substituída pela V-AGRO; e do IBRX 50, sendo substituída pela KROTON ON, ambos com ajustes.

A RECUPERAÇÃO JUDICIAL DE EIKE BATISTA REPERCUTE LÁ FORA

A RECUPERAÇÃO JUDICIAL DE EIKE BATISTA REPERCUTE LÁ FORA

Na quarta-feira (30/10), o empresário Eike Batista pediu recuperação judicial da OGX, a petroleira do Grupo EBX. A decisão da empresa repercutiu na mídia internacional. Veja o que foi dito sobre a derrocada do império X.

O diário britânico Financial Times começou o texto de sua publicação sobre Eike com uma declaração de Arthur Byrnes , diretor do fundo Deltec Asset Management de Nova York. "É uma história triste", disse o executivo. "Ele era o tipo de pessoa que podia fazer coisas boas para o Brasil em termos de infra-estrutura e concorrência no setor privado. Em vez disso, tudo explodiu"

wSJ também destacou a notícia e trouxe uma declaração de Sergio Bermudes, advogado da OGX, que apresentou o pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça. Ao jornal americano ele falou que acredita na solução dos problemas financeiros da petroleira de Eike Batista "Esta empresa tem muitos recursos e pode formar parcerias com outras companhia"

O site do New York Times afirmou que “o pedido [de recuperação judicial] foi uma queda impressionante para o Sr. Batista, que já foi um símbolo da rápida ascensão do Brasil como uma potência econômica mundial”. A matéria também dá destaque aos valores da dívida da OGX, dizendo que, segundo os documentos enviados à Justiça, seu débito total é de R$ 11,2 bilhões, o que faz o pedido da OGX o maior na história da América Latina

O canal de TV CNBC destacou que o pedido de recuperação judicial de Eike é um teste para o Brasil. “O futuro dos investimentos no país vai depender de como este processo será tratado”, afirma o canal

O noticiário da Bloomberg deu destaque para os credores americanos de Eike. Com o título “colapso de Batista deixa de Loews a Ensco sem receber contas”, a agência lembrou alguns dos fornecedores que estão pagando o preço da derrocada da OGX. Os principais, segundo o texto, são a Diamond Offshore Drilling, a quem Eike já deveria ter pago US$ 58 milhões, a Ensco Plc, que tem US$ 27 milhões em atraso e a Schlumberger, maior prestadora mundial de serviços no setor, que não revelou o montante devido pelo brasileiro

Além disso, a Bloomberg também usou o termo “morte de US$ 30 bilhões” para noticiar o pedido de recuperação judicial do empresário. O texto diz que isso é o apogeu de um processo de derrocada que se iniciou há 16 meses e varreu essa fortuna das contas de Eike. “O movimento marca o último capítulo da morte de Eike enquanto garoto propaganda do empreendedorismo brasileiro”, diz a Bloomberg 

ASCENSÃO E QUEDA DE EIKE






OGX entra com pedido de recuperação judicial


Processo ficou com a 4ª Vara Empresarial do Rio

OGX Maranhão terá injeção de recursos da Eneva, a antiga MPX, e não foi incluída no pedido


O empresário Eike Batista em seu escritório no Rio de Janeiro Foto: Marco Antônio Teixeira/18-3-2010 / O Globo
O empresário Eike Batista em seu escritório no Rio de Janeiro
MARCO ANTÔNIO TEIXEIRA/18-3-2010 / O 
GLOBO
RIO E SÃO PAULO - Esta quarta-feira marcou a trajetória do Império X. Joia da coroa dos negócios de Eike Batista, a OGX, braço de petróleo do grupo, entrou com pedido de recuperação judicial, após ter fracassado nas negociações de suas dívidas com credores. A empresa, que chegou a um valor de mercado de R$ 75,2 bilhões no auge, terminou o dia valendo R$ 550 milhões.
Pouco antes de entrar com o pedido na Justiça, a companhia conseguiu fechar um acordo de última hora com a Eneva (ex-MPX, de energia) para venda de sua participação (66,7%) na subsidiária OGX Maranhão - assegurando, assim, injeção de recursos milionários na petroleira e dando fôlego à empresa. Na segunda-feira, a Eneva havia anunciado que poderia pagar R$ 200 milhões. O acordo consta da petição inicial protocolada nesta quarta no Tribunal de Justiça do Rio. Sem esses recursos, a OGX não teria como colocar em operação o campo de Tubarão Martelo, na Bacia de Campos, aposta para elevar o caixa. Em setembro, tinha US$ 82 milhões disponíveis, insuficientes para iniciar a produção. A previsão era ficar sem dinheiro em dezembro, caso um acordo não fosse selado. OGX e Eneva não comentaram o acordo.
O pedido de recuperação abrange quatro empresas: OGX Petróleo e Gás Participações SA, OGX Petróleo e Gás SA, OGX Internacional e OGX Áustria. O processo ficará na 4ª Vara Empresarial, cujo titular é o juiz Gilberto Clovis Farias Matos. A OGX Maranhão ficou de fora. A subsidiária tinha cerca de R$ 600 milhões de dívida com os credores. Sem esse débito, a dívida total da OGX soma R$ 11,2 bilhões no Brasil e no exterior, o que torna a recuperação judicial a maior da América Latina.
Ação recuou 99% desde 2010
O texto da ação, que tem de explicar os motivos do pedido de recuperação, atribui os problemas apenas à produção de petróleo muito aquém do estimado: “As suplicantes são pioneiras no desenvolvimento dos negócios a que se dedicam, graças à tenacidade empresarial, ao descortino, às iniciativas inovadoras que o Sr. Eike Batista, sempre aclamado pelo seu êxito, corajosamente tomou. Hoje, lhe imputam insucessos decorrentes de fatos geológicos, pelos quais, nem de longe, é responsável”.
Segundo a BM&FBovespa, as ações da OGX ficarão suspensas nesta quinta-feira na primeira hora do pregão, até as 11h, quando haverá o call (leilão) de abertura das ações. Uma hora antes término do pregão, às 16h, haverá um procedimento especial de negociação, com pelo menos uma hora de duração. No dia seguinte, os papéis não mais farão parte do Ibovespa e de outros nove índices, mas voltam a ser negociados normalmente, segundo a BM&FBovespa.
Os papéis ordinários (com voto) fecharam em queda de 26,09% nesta quarta, a R$ 0,17. Logo depois do pedido, a ação atingiu a cotação mínima histórica de R$ 0,16, com desvalorização de 30,43%. A empresa, porém, não havia enviado fato relevante ao mercado informando sobre o pedido até o fechamento desta edição. As ações continuaram a ser negociadas no after market (a Bolsa fecha às 17h, e até as 18h são fechados negócios nesse mercado).
Desde o pico em 15 de outubro de 2010, quando o Império X viveu seu apogeu na Bolsa, a empresa registrou a maior queda de preços das Américas, segundo estudo da Economatica para O GLOBO. Os papéis recuaram 99% no período, considerando cotações em dólar. As ações da OSX, empresa de construção naval do grupo, aparecem em seguida, com queda de 97,7%. Pelo critério de valor de mercado, a OGX tem o quarto pior desempenho das Américas, com perda de US$ 45 bilhões.
A OGX tem 226 credores. O maior é o grupo de detentores de bônus, com R$ 8 bilhões. O segundo maior é a OSX, com R$ 2,4 bilhões, mas a OGX reconhece apenas R$ 700 milhões, referentes à rescisão de contrato da plataforma OSX-1. A diferença é reivindicada pela empresa de construção naval do grupo e quem vai decidir o valor é o juiz da 4ª Vara. A divergência entre as “empresas-irmãs” foi tornada pública na terça-feira, quando a OSX anunciou a rescisão do contrato com a OGX. A plataforma OSX-1 está no campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos, considerado promissor. A redução da expectativa de sua produção para 25% do previsto, em junho passado, foi o que detonou a crise de confiança em que mergulhou o conglomerado de Eike. Tubarão Azul é o único campo da empresa que chegou a produzir petróleo, mas desde julho está parado. A OSX disse que “buscará exercer seus direitos legais para obter valores atrasados e verbas rescisórias”. Uma fonte da OGX ponderou que não valia mais a pena manter a plataforma sem produção.
Justiça começa a analisar o processo na sexta-feira
O pedido de recuperação judicial tem cinco volumes. O juiz Clovis Matos deve receber o processo na sexta-feira, e não há prazo para dar a decisão sobre a viabilidade do pedido. Em geral, sai em até dez dias. Caso o magistrado aceite, as dívidas da petrolífera, bem como ações judiciais, serão suspensas por 180 dias, dando fôlego ao grupo. A partir da decisão do juiz, a OGX tem 60 dias para apresentar o plano de recuperação, a ser submetido aos credores.
- Vamos lutar para que o processo seja rápido - disse Sérgio Bermudes, do escritório de mesmo nome, à frente do caso, com oito profissionais.
Segundo o professor da FGV Direito Rio Cássio Cavalli, a condução do processo será um indicador de como o Brasil trata seus casos de solvência:
- É um caso de destaque, com volumes elevados e de uma empresa com trajetória ascendente. O investidor estrangeiro vai avaliar como o Brasil trata de recuperação judicial, o Brasil vai passar um recado de como trata de solvência das empresas.
Nos últimos meses, enquanto as negociações com os credores corriam, Eike mantinha a rotina diária de ir ao edifício Serrador, no Centro, sede do grupo. O empresário não esteve em Nova York, onde ocorreram reuniões com credores. À frente desse processo estava Ricardo K, sócio da Angra Partners, que lidera a reestruturação.
Ex-executivo do grupo e desafeto de Eike, o empresário Rodolfo Landim comentou sobre o pedido de recuperação:
- Torço para que tudo dê certo. Tenho muitos amigos lá. Isso (a recuperação) não é bom para ninguém. Não é bom para a indústria de private equity. Não é bom para o setor. (Colaboraram Henrique Gomes Batista, Lucianne Carneiro, Nice de Paula e Bruno Rosa)