segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Enem 2013: Mercadante ratifica questão que trouxe gasolina grafada com "z"


Segundo ministro, termo respeitava a obra original, que é de 1960


Questão apareceu na prova de ciências humanas, no sábado


BRASÍLIA - Mercadante disse que a reprodução de uma charge na prova de ciências humanas do Enem, no sábado, com a palavra gasolina grafada com a letra "z" buscou respeitar a obra original, que é de 1960. Ele lembrou que a charge também traz a palavra "doutô", em vez de doutor:
- A opção foi manter a charge como ela foi feita. Quando você trata de uma charge, você respeita a obra. O MEC não pode alterar uma obra, a linguagem pode fazer parte da crítica - disse o ministro.
Informado pelo GLOBO de que a Uerj utilizou a mesma charge no vestibular de 2003, mas grafando a palavra gasolina com "s", o ministro disse que respeita a universidade, mas que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do ministério responsável pelo exame, agiu de forma diferente.

O ministro classificou a discussão como um "bom debate pedagógico". Ele fez referência ao uso da grafia com "z " na imprensa brasileira, citando os jornais O Globo, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo. De acordo com Mercadante, a publicação da palavra gasolina com "z" era comum nas décadas de 1920 a 1940, perdurando ainda depois disso. Ele afirmou que o GLOBO teria publicado a palavra com "z" 1.349 vezes; a Folha, 2.842; e o Estadão, 2.300. Mercadante ressalvou, porém, que a grafia com "z " nas últimas décadas provavelmente fazia referência a citações históricas, isto é, da época em que a imprensa escrevia gasolina com "z".
Para ele, portanto, se tivesse havido falha no Enem, nesse caso, "a imprensa estaria cometendo o mesmo deslize".




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