
Sandy já protagonizou um debate sobre
sexo anal, por causa de uma entrevista à revista Playboy, é defensora da
união entre pessoas do mesmo sexo e, na política surpreende, ao dizer,
com outras palavras, que a presidente Dilma não é lá toda essa maravilha
que hoje encanta até Fernando Henrique, nome citado pela cantora como
responsável pelo pouco de bom que ainda acontece no governo.
Por tudo isso, Sandy, na vida real, exerce o papel de “A esclarecida de Campinas”, cidade em que nasceu e mora até hoje.
Alguns tópicos da entrevista:
Sobre a entrevista para a Playboy: “Se
eu pudesse escolher, gostaria que nunca tivesse gerado aquela polêmica.
Não fui eu que gerei. Foi uma resposta distorcida, tirada do contexto e
colocada na capa da revista. Mas, de uma forma ou de outra, acabou
contribuindo, sim, para as pessoas me enxergarem como mulher e
perceberem que eu cresci um pouco. Pelo menos teve isso de positivo”.
Personagem da série: “Eu sou o oposto dela! Minha personagem foi divertida de interpretar.
Ela
é o oposto de mim. Ela é muito preconceituosa e não aceita de jeito
nenhum o envolvimento da mãe dela com uma pessoa do mesmo sexo. Eu nunca
fui assim. Tenho amigos gays e lido muito bem com a questão da
homossexualidade. Por isso foi mais gostoso fazer o papel”.

Aborto: “Aborto, sob o ponto de vista
jurídico, é crime. Eu defendo a descriminalização, principalmente quando
a gravidez representar risco para a mulher ou para o bebê”.
Religião: “Sou batizada pela igreja
católica, mas não sou praticante. Eu me casei na igreja católica e na
luterana, que é a do meu marido. Não sou a favor de alguns preceitos da
Igreja. Lembra das 95 teses de Martinho Lutero, desmascarando a igreja
católica? Eu concordo com tudo aquilo. Sou contra o celibato, por
exemplo, e acho muito retrógrado não usar camisinha”.
Preconceitos: “Eu sofri muito
preconceito na época da dupla. A mídia tem preconceito, a crítica e uma
parte do público. Por exemplo, uma parte das pessoas que gostavam de
rock achava que não podia gostar de Sandy e Junior: ‘Isso aí é para
criança’, ‘Isso aí é careta’. Não era bem assim. Se a pessoa parasse
para prestar atenção, com ouvidos nus, mesmo que não curtisse, podia
perceber que aquilo tinha qualidade”.
Cantora: “Como cantora, eu nunca sofri
preconceito, tenho reconhecimento há muito tempo. Um divisor de águas
foi a participação no especial da Elis Regina, em 1996. Eu tinha 13 anos
e cantei ‘Águas de março’. A partir dali, as pessoas passaram a me
olhar com
outros olhos.”

Homossexualismo: “Vejo como uma coisa
natural. Sou a favor do casamento gay. Acho que todo mundo tem os mesmos
direitos e tem que ser feliz. O problema maior hoje é homofobia, crime
hediondo, cruel. A gente, às vezes, fica focada nos grandes centros, e
esquece que no interior do país, nos redutos atrasados, a homofobia está
presente de forma muito mais selvagem, diante da ausência do Estado”.
Fonte: O Globo
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