Fogo na base da Marinha na Antártida matou duas pessoas no sábado.
Militares e funcionários aguardavam resgate em Punta Arenas, no Chile.
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que a aeronave que foi buscar
os brasileiros que estavam na base incendiada da Marinha na Antártida
chegou a Punta Arenas, no extremo sul do Chile, na madrugada deste
domingo (26). O grupo formado por militares e funcionários aguardava no
local após ter sido retirado da Antártida por um avião da Força Aérea da
Argentina. Ainda não há definição sobre o horário de retorno para o
Brasil, de acordo com a FAB.O incêndio ocorreu, segundo a Marinha, no local onde ficam os geradores de energia da Estação Antártica Comandante Ferraz, por volta das 2h (horário de Brasília) deste sábado (25). O ministro da defesa, Celso Amorim, confirmou na tarde de sábado a morte de dois militares. Um terceiro militar ficou ferido. Um Inquérito Policial Militar foi instaurado para apurar as causas do incêndio.
Pesquisadores
brasileiros chegam ao aeroporto de Punta Arenas, no Chile, após o
incêndio na Estação Antártica Comandante Ferraz (Foto: Reuters/Stringer)
Ao todo, estão em Punta Arenas à espera de resgate 30 pesquisadores, um
alpinista que auxilia nos estudos, um representante do Ministério do
Meio Ambiente e 12 funcionários do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro.Na tarde de sábado, uma aeronave C-130 Hercules partiu do Brasil para fazer o resgate dos brasileiros no Chile. A aeronave deixou a base aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, às 17h30 e desembarcou em Punta Arenas por volta de 3h deste domingo (26), de acordo com a FAB.
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Em nota, o Ministério da Defesa informou no sábado que há indícios de que os dois corpos encontrados na estação incendiada sejam do suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e do sargento Roberto Lopes dos Santos, que estavam desaparecidos.
De acordo com a nota, o sargento Luciano Gomes Medeiros ficou ferido e está internado. Ele recebeu os primeiros socorros na estação polonesa de Arctowski e depois foi levado para a base chilena Eduardo Frei.
Segundo o ministro da defesa Celso Amorim, não é possível saber ainda a extensão do prejuízo a equipamentos e pesquisas desenvolvidas pelos brasileiros na região. "Todo o núcleo central, onde estão concentrados os equipamentos, foi perdido. O grau exato do que ocorreu ainda terá de ser objeto de perícia, mas a avaliação é que perdeu-se praticamente tudo", afirmou.
Incêndio em base na Antártida (Foto: Armada de Chile/Reuters)
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