om 'irmãos' Tony e Rubinho, KV Racing vira 'Grande Família' da Indy
Amizade fraternal entre os pilotos emociona o pai de Barrichello e faz o chefe do time, Jimmy Vasser, acreditar em uma grande evolução técnica em 2012
Disputar uma temporada completa como companheiros de equipe é um sonho antigo de Rubens Barrichello
e Tony Kanaan. Em 2012, ano de estreia de Rubinho na Indy, os dois
dividirão o box da KV, time que Tony defende desde o ano passado.
Criados juntos, eles são amigos próximos desde a infância, tanto que se
tratam como irmãos. E não é para menos. Além de já terem conquistado
oito vezes as tradicionais 500 Milhas de Kart dividindo o mesmo
equipamento, eles são sócios em uma fundação que atende crianças
carentes, o IBK - Instituto Barrichello Kanaan. A expectativa para a
temporada é de que o time vire uma 'grande família', opinião
compartilhada até pelo seu proprietário, o ex-piloto Jimmy Vasser.
- Depois do primeiro teste, quando ele foi o mais rápido e trouxe tanta mídia à equipe e à categoria, o Jimmy ficou num beco sem saída, pois se ele não fechasse com a KV, ficaria feio para o time. Ter Rubens ao meu lado será incrível. Tive vários companheiros de equipe muito bons, mas um cara que conseguiu dar um calor no Michael Schumacher é para se respeitar. A gente só tem a ganhar, pois é mais um brasileiro com chances de vencer corridas na Indy. Já combinamos: eu deixo ele ganhar no Brasil, mas Indianápolis é meu – brinca Tony, que renovou com a equipe por dois anos.
- O Tony me deu um problema fantástico para resolver. Logo no primeiro teste do Rubens, era possível ver o encantamento no olhar de cada um. É o começo de um futuro que desejo que seja o melhor possível. Já somos uma grande família, consigo ver isso pelas piadas que eles fazem o tempo todo, pelo bom humor dos dois. Espero que possamos brindar tudo isso com muito champanhe – afirma o dirigente, em referência à bebida que é usada nas comemorações das vitórias nos pódios.
VOANDO BAIXO: Assista a uma volta de Barrichello nos testes em Sonoma
- Eu volto no tempo, vendo o Rubinho aos oito, nove anos, começando a competir no kart. É exatamente a mesma vontade, aquilo que faz os olhos continuarem brilhando com a mesma garra, a mesma determinação após tanto tempo. Estamos felizes por ele, pois seria estranho e até mesmo triste vê-lo longe das pistas. Nós fazemos parte da família e sempre demos todo o apoio, mas a mulher e os filhos é que tinham que dar o veredito sobre esta decisão – diz Rubão.

Kanaan e Barrichello entre os donos da equipe KV, Vasser e Kalkhoven (Foto: Carsten Horst / Divulgação)
- Eu tive companheiros e companheiros. Alguns foram amigos, mas nunca
tive um irmão. Outro dia, quando a coisa estava se definindo, eu cheguei
para o Tony e falei "como é que vai ser?"... Eu sempre fui aguerrido,
então cheguei para ele e disse: "com você eu posso dar uma amolecida,
você mora no meu coração". Ele só disse "obrigado, Deus lhe pague". Aí
demos muita risada e decidimos que podemos até bater, mas tirando o
capacete estaremos sempre abraçados, pelo respeito imenso que temos um
pelo outro – diz Barrichello.
Amigos de longa data, Tony e Rubinho agora são
companheiros (Foto: Carsten Horst / Divulgação)
Tony confessa que 'armou' para que o amigo testasse pela equipe. Assim
que a Williams confirmou que não contaria com Rubens para a temporada
2012 da Fórmula 1, ele disse aos chefes da KV, Jimmy Vasser e Kevin
Kalkhoven, que o brasileiro tinha um patrocínio à disposição e que
gostaria de experimentar o carro para saber se correria na Indy. Logo no
primeiro dia de treinos com o novo chassi da categoria, Barrichello
impressionou os engenheiros e recebeu uma proposta para disputar todas
as corridas. Foi quando a brincadeira veio à tona e o dono da equipe
percebeu que precisaria arranjar os meios para concretizar suas
intenções.companheiros (Foto: Carsten Horst / Divulgação)
- Depois do primeiro teste, quando ele foi o mais rápido e trouxe tanta mídia à equipe e à categoria, o Jimmy ficou num beco sem saída, pois se ele não fechasse com a KV, ficaria feio para o time. Ter Rubens ao meu lado será incrível. Tive vários companheiros de equipe muito bons, mas um cara que conseguiu dar um calor no Michael Schumacher é para se respeitar. A gente só tem a ganhar, pois é mais um brasileiro com chances de vencer corridas na Indy. Já combinamos: eu deixo ele ganhar no Brasil, mas Indianápolis é meu – brinca Tony, que renovou com a equipe por dois anos.
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Vasser, que foi campeão da Indy em 1996, acredita que a formação de uma
dupla tão forte tecnicamente pode ser crucial em um momento em que a
categoria trocará seus chassis e motores, reequilibrando as forças. E se
lembra da reação dos integrantes da KV quando o brasileiro,
recém-chegado da F-1, testou um de seus carros.- O Tony me deu um problema fantástico para resolver. Logo no primeiro teste do Rubens, era possível ver o encantamento no olhar de cada um. É o começo de um futuro que desejo que seja o melhor possível. Já somos uma grande família, consigo ver isso pelas piadas que eles fazem o tempo todo, pelo bom humor dos dois. Espero que possamos brindar tudo isso com muito champanhe – afirma o dirigente, em referência à bebida que é usada nas comemorações das vitórias nos pódios.
VOANDO BAIXO: Assista a uma volta de Barrichello nos testes em Sonoma

Feliz com a nova fase, Barrichello posa com o macacão que usará na Indy (Foto: Carsten Horst / Divulgação)
Observando tudo discretamente, o pai do piloto tentava, em vão,
disfarçar a emoção durante o anúncio da nova parceria. Rubão, que além
de ter o mesmo nome também faz aniversário no mesmo dia do filho, foi um
dos responsáveis pela continuidade da carreira de Kanaan, quando o pai
do então promissor kartista de 14 anos morreu, vítima de um câncer. Para
ele, a parceria dos dois na Indy remete aos primeiros anos de Rubinho
nas pistas. E aproveita para agradecer o apoio dos netos Eduardo e
Fernando, que incentivaram o piloto a chegar a um acordo com o time.- Eu volto no tempo, vendo o Rubinho aos oito, nove anos, começando a competir no kart. É exatamente a mesma vontade, aquilo que faz os olhos continuarem brilhando com a mesma garra, a mesma determinação após tanto tempo. Estamos felizes por ele, pois seria estranho e até mesmo triste vê-lo longe das pistas. Nós fazemos parte da família e sempre demos todo o apoio, mas a mulher e os filhos é que tinham que dar o veredito sobre esta decisão – diz Rubão.
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