quinta-feira, 31 de março de 2011

Lagoa da Cotia: piloto de jet ski é indiciado por homicídio culposo

Delegado concluiu que empresário agiu com imprudência ao navegar perto de banhistas, causando o acidente
Paulo de Sousa // jpaulosousa.rn@dabr.com.br



O delegado Getúlio Torres, titular da delegacia de Ceará-Mirim, indiciou o empresário Wagner Miguel de Araújo Galvão, 30 anos, por homicídio culposo - quando não há intenção de matar. Ele é acusado de ter causado o acidente que resultou na morte da turista goiana Maria Marques Cordeiro, 47, além de deixar duas pessoas feridas, em 15 de janeiro deste ano, na Lagoa da Cotia, município de Rio do Fogo. Segundo o delegado, houve imprudência por parte do empresário, que sabia das normas da Capitania dos Portos e, mesmo assim, navegava em área próxima aos banhistas. Getúlio aguarda agora que o Ministério Público ofereça a denúncia à justiça.


Incidente, ocorrido em janeiro, provocou a morte da turista goiana Maria Marques Cordeiro, 47, e deixou duas pessoas feridas Foto: Divulgação/Vidio/DN/D.A Press
O titular da DP de Ceará-Mirim informa que enviou ao MP o inquérito com o indiciamento do acusado no último dia 10. Além de homicídio culposo, o empresário responderá por crime formal. "É quando ele tem a pena acrescida por ter cometido, numa única ação, mais de um crime". Ele lembra que, além da morte da turista goiana, o acidente causou uma lesão corporal grave em Alexandre Fonseca Batista, que era rebocado com uma bóia pelo Jet Ski conduzido por Wagner Miguel, além de ter machucado a criança Lincoln Celso Campos Marques.

Getúlio Torres diz que um laudo feito pela Capitania dos Portos aponta que o empresário descumpriu normas de navegação. O documento alega que os condutores de Jet Ski devem navegar a, no mínimo, 200m de distância dos banhistas. "Apesar de ele ser habilitado e ter me dito a mim que conhecia as normas da Capitania, ele navegou próximo às pessoas que estavam à beira da lagoa. Tanto que causou o acidente". Ainda conforme o delegado, os peritos da Capitania lhes disseram que a causa provável da morte de Maria Marques foi o choque entre a cabeça dela e a de Alexandre Fonseca. "Ela teria recebido uma carga maior de impacto por estar parada".

Por ter se apresentado espontaneamente à delegacia de plantão da Zona Norte no dia do acidente, Wagner Miguel responde ao processo em liberdade. A promotoria do município ainda não ofereceudenúncia à justiça. O Diário de Natal tentou entrar em contato com o promotor criminal Paulo Batista, mas ele não atendeu o telefone.

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