sábado, 19 de março de 2011

Prejuízos com a interdição da BR-376 podem render ação do Ministério Público Federal

Investigação quer saber se houve irregularidades na manutenção da rodovia

Os transtornos e prejuízos causados pela interdição de trechos da BR-376, perto da divisa entre o Paraná e Santa Catarina, depois que a rodovia foi danificada por quedas de barreiras, em função das chuvas na semana passada, chamaram a atenção do Ministério Público Federal (MPF). De acordo com a assessoria de comunicação do MPF no Paraná, o procurador da república na cidade de Paranaguá, Alessandro Oliveira, está atento à situação desde o início dos deslizamentos que bloquearam a rodovia, na semana passada.

O acompanhamento faz parte de uma investigação preliminar para saber se existe alguma questão que possa acarretar em ação judicial com a Autopista Litoral Sul, concessionária que administra o pedágio na rodovia. O trabalho do MPF, no momento, é procurar irregularidades na manutenção do trecho ou durante as obras de recuperação.

A procuradoria informou que a investigação ainda está em fase inicial e que não há prazos para a conclusão do inquérito. A Autopista Litoral Sul não se manifestou sobre o assunto e também não fala em prazos para a recuperação dos estragos. Segundo boletim informativo da concessionária, o tráfego continua sendo feito por apenas uma das pistas, entre os km 664 e km 672, no sentido Curitiba-Joinville.

O sistema de revezamento também continua. A pista é aberta durante duas horas para quem vem de do Paraná a Santa Catarina e por outras duas horas para quem segue no sentido contrário. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Paraná, as filas, chegam a 11 quilômetros no sentido Paraná-Santa Catarina e a 20 quilômetros do lado oposto na noite desta sexta-feira.

A BR-376 fica na continuidade da BR-101 e é a principal via de acesso entre os dois Estados. Os estragos na rodovia causaram problemas principalmente para o transporte de cargas.
DIÁRIO CATARINENSE

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