sexta-feira, 8 de abril de 2011

Médicos e planos irão negociar

Os médicos do Rio Grande do Norte credenciados na rede de saúde suplementar (planos e seguradoras de saúde) irão negociar na próxima semana as reivindicações feitas ontem no “Dia Nacional de Paralisação”. A conversa será intermediada pelo Ministério Público através da promotoria de Defesa do Consumidor. As entidades que representam a categoria,  pedem “reequilíbrio financeiro” e uma maior autonomia para os médicos.

O protesto de ontem marca o dia de paralisação nacional no atendimento aos procedimentos eletivos dos médicos que prestam serviço à plano e seguradoras. No local escolhido para a concentração do protesto em Natal, via-se faixas que pediam por valorização da classe. “Chega de exploração dos planos de saúde. Médicos exigem consultas valorizadas nos planos de saúde”, lia-se.

O presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte, Geraldo Ferreira, reforçou as motivações da paralisação. “As mensalidades dos planos dobraram e o preço das consultas não acompanharam nem de perto esse crescimento. Queremos alcançar um reequilíbrio”, afirmou Geraldo Ferreira.

Álvaro Barros, presidente da Associação Médica, considerou  importante dois aspectos. Primeiro, o poder econômico das operadores, “que se organizam como um cartel”, pois os médicos “não podem reivindicar e as operadoras colocam para fora os profissionais na hora que querem e quando bem entendem”.

Em segundo lugar, denuncia Barros, as operadores realizam glosas injustificadas do faturamento dos serviços prestados pelos médicos. “Os planos de saúde não pagam com justificativas, na maioria das vezes, irreais. Fazem caixa com o dinheiro de todo mundo”.

De acordo com a Associação Médica, a maioria dos planos de saúde paga entre R$ 25,00 e R$ 40,00 por consulta. Esses valores mudam de região para região.

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