O Secretário Estadual de Saúde, Domício
Arruda, reuniu representantes dos médicos e a direção do Hospital Walfredo
Gurgel para anunciar que a reestruturação da rede hospitalar do estado precisa
de R$ 18 milhões. A declaração foi dada durante audiência pública sobre a
situação do hospital na Assembleia Legislativa. Os investimentos seriam feitos
na maioria dos 23 hospitais regionais, o que faria desafogar os atendimentos no
maior hospital público do Rio Grande do Norte. “No médio prazo a construção de
um novo hospital na Zona Oeste de Natal é um projeto que vem sendo discutido na
secretaria. Seriam 140 leitos de UTI, 60 leitos de pós-operatórios, 40 de
transição e oito salas de cirurgia. Um hospital exclusivamente de atendimento
ortopédico”, disse Domício Arruda.
Segundo o secretário, na manhã desta
quarta-feira, 14, existem 26 pacientes no Walfredo esperando vagas na UTI. “Mesmo
com a abertura de novos 14 leitos de UTI que vamos fazer no hospital, não vai
solucionar”. Domício Arruda defendeu que uma solução definitiva passa pelo
envolvimento da Prefeitura de Natal. “Enquanto a prefeitura não fizer seu
papel, e o Walfredo vai continuar recebendo a culpa. E o Hospital Universitário
Onofre Lopes deveria abrir as portas para os casos de cardiologia”, defendeu o
secretário.
A audiência proposta pelo deputado Fernando
Mineiro (PT) surgiu de um levantamento feito pelo Conselho Estadual de
Enfermagem (Coren). A presidente do Coren, Alzirene Carvalho, destacou a
situação de precariedade do hospital. “Lá se salvam vidas, mas sistematicamente,
é dado um atendimento indigno ao paciente. Hoje temos 104 pacientes no
corredor. E calculamos que sejam necessários cerca de 60 enfermeiros e mais 200
profissionais de nível médio para atender a atual demanda”, afirmou Alzirene
Carvalho.
O presidente do Sindicato dos Médicos,
Geraldo Ferreira, defendeu uma grande articulação política para a destinação de
mais recursos para o Hospital Walfredo Gurgel. “Precisamos de novos
equipamentos, por que grande parte dos equipamentos lá está sucateada por causa
da grande carga de uso. Precisamos da articulação de todos em prol do Walfredo”,
disse Geraldo Ferreira.
O diretor do HWG, Mozart Dias, afirmou que a
única saída para desafogar o atendimento é o funcionamento pleno da rede básica
de saúde. “Na superlotação, o Walfredo é vítima. Nascemos como hospital de
Natal com 300 funcionários, e hoje somos uma pequena cidade de 1830
funcionários e mais de 200 prestadores de serviço. O problema do Walfredo não
está no hospital, está na falta de atendimento nas cidades nos casos mais
simples” afirmou Mozart Dias.
Outras informações:
Assessoria
de Imprensa AL/RN
3232.5768
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