Às
vésperas da chegada da presidenta Dilma Rousseff, o presidente de Cuba,
Raúl Castro, defendeu neste domingo (29) a manutenção do partido único
no país como alternativa de evitar a ingerência dos Estados Unidos e
aliados na região. Também apoiou o limite de 10 anos para os mandatos
dos dirigentes políticos cubanos.
A média de idade elevada entre os
dirigentes políticos em Cuba é um dos fatos que preocupam Raúl Castro.
Dos 15 membros do comitê político, eleito em abril de 2011, apenas três
têm menos de 65 anos. O Partido Comunista de Cuba tem mais de 800 mil
integrantes. É a única força política do país com pouco mais de 11
milhões de habitantes.
A reação de Raúl Castro ocorreu durante a
primeira Conferência Nacional do Partido Comunista do ano, em Havana. O
presidente cubano acrescentou ainda que o esforço do governo é para
combater a corrupção que ele definiu como um “dos principais inimigos da
revolução cubana”.
“Hoje a corrupção causa mais estragos do
que o programa multimilionário de subversão e ingerência dos Estados
Unidos e aliados”, disse Raúl Castro.
O presidente cubano defendeu a
manutenção do partido único argumentando que a legalização de outras
legendas pode gerar o que classificou de “partidos do imperialismo”.
“Isso sacrificaria a arma estratégia da unidade dos cubanos”, disse Raúl
Castro.
* Com informações da Agência Brasil
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