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Justiça da Guatemala anunciou que vai processar por genocídio e crimes
de guerra José Efraín Ríos Montt, de 85 anos, apontado como ex-ditador
do país (1982-1983). No entanto, Montt será mantido em prisão domiciliar
devido à idade. A Justiça impôs ainda a Montt uma fiança de cerca de
US$ 62 mil como medida de segurança para garantir que ele não fugirá.
Ele também está proibido de se comunicar com pessoas envolvidas no
processo.
Montt é acusado de envolvimento direto
em um dos episódios mais tristes da história da Guatemala – uma guerra
civil que durou 36 anos. Agentes de segurança, sob poder do
ex-presidente, foram acusados de torturar, estuprar, matar e prender
civis em todo o país. Mas os principais alvos eram os indígenas da etnia
maia.
A juíza Carol Patricia Flores, da
Primeira Vara de Justiça, concedeu à Procuradoria-Geral da Guatemala
prazo de dois meses para concluir o inquérito e reunir as provas.
Depois, ela definirá a data do início do julgamento dos militares da
reserva.
Para a juíza, não existe risco de fuga
de Montt. Segundo ela, o ex-presidente se entregou, de forma voluntária,
para ajudar no esclarecimento dos fatos. A iniciativa de Montt ocorreu
um dia depois de ele ter perdido a imunidade que tinha devido ao cargo
de deputado federal.
Na Guatemala, a pena para o crime de
genocídio varia de 30 a 50 anos de prisão. No caso de crimes contra a
humanidade, outra denúncia que pesa contra o ex-presidente, a pena varia
de 20 a 30 anos.
* Com informações da Agência Brasil
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