A
maior projeção do Brasil no exterior, aliada às crescentes restrições à
entrada de imigrantes na Europa e nos Estados Unidos, está provocando
uma diversificação no grupo de estrangeiros que têm optado por viver em
terras brasileiras.
Além de atrair cada vez mais imigrantes
de países vizinhos e executivos europeus e americanos que fogem da crise
econômica, o Brasil tem assistido a um aumento expressivo na chegada de
migrantes e refugiados de nacionalidades que tradicionalmente não
migram ao país.
No início de janeiro, o governo agiu
para controlar o maior desses novos fluxos, o de imigrantes do Haiti que
têm entrado no Brasil pela Amazônia, ao estabelecer um limite de cem
vistos de trabalho a haitianos por mês.
Dados do Ministério da Justiça também
revelam aumento considerável, ainda que sobre uma base pequena, na
chegada de imigrantes de países da Ásia Meridional e da África.
Em 2009, havia 2.172 indianos vivendo
regularmente no Brasil. Em junho de 2011, o número saltou para 2.639. No
mesmo período, a quantidade de paquistaneses no país passou de 134 a
216, e a de bengalis (oriundos de Bangladesh), de 64 a 109. O MJ também
detectou aumento na chegada de africanos de várias nacionalidades.
Os números, porém, não revelam a
quantidade exata de novas chegadas ao país, já que nem todos os
imigrantes se regularizam. Além disso, boa parte dos estrangeiros
provenientes de países em conflito (como paquistaneses, afegãos e
somalis) obtêm status de refúgio no país e não entram na conta, uma vez
que o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) não divulga a
quantidade de pedidos de refúgio atendidos por nacionalidade.
Fonte: BBC Brasil
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