sexta-feira, 2 de março de 2012

Três em cada dez paulistanos sofrem de transtorno mental, diz pesquisa

Mulheres são as que mais sofrem.
Entrevista foi feita com população de 24 países.

Do G1 SP, com informações do Bom Dia Brasil
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Uma pesquisa do Instituto de Michigan, nos Estados Unidos, especializado em pesquisas sociológicas, mostra que três em cada dez habitantes da capital paulista apresentam algum transtorno mental. As mulheres são as que mais sofrem, como mostrou o Bom Dia Brasil nesta sexta-feira (2).
A pesquisa durou cinco anos, de 2004 a 2009, e ouviu 5.037 pessoas da região metropolitana de São Paulo. A entrevista foi feita com a população de 24 países. Os dados de São Paulo sobre transtornos mentais são muito parecidos com os dos Estados Unidos, só que, muitas vezes, mais graves.
Casos de depressão %
São Paulo 10,4
Ucrânia 8,4
Estados Unidos 8,3
 Entre os casos de depressão, São Paulo aparece com mais de 10%, seguido pela Ucrânia e pelos Estados Unidos. Ansiedade, que inclui síndrome do pânico, e todos os tipos de fobia, chegou a quase 20% em São Paulo, 19% nos Estados Unidos e Portugal com quase 17%.
Transtornos de conduta, ataque de raiva, déficit de atenção,
Casos de ansiedade %
São Paulo 19,9
Estados Unidos 19
Portugal 16,5
Nova Zelândia 15
hiperatividade. Neste item, os Estados Unidos estão bem piores que São Paulo e aparecem com 10,5%, mais do que o dobro da Grande São Paulo – 4,2%.
“A gente está falando de um transtorno ativo. No momento em que a gente está entrevistando a pessoa, ela está acometida daquele problema. Só 1/3 dessas pessoas tiveram algum tipo de tratamento. Então elas estão desassistidas”, explica a coordenadora da pesquisa, Laura Helena Andrade.
Transtorno de conduta %
Estados Unidos 10,5
São Paulo 4,2
As pessoas mais atingidas pelos transtornos mentais são as mulheres, pessoas que vivem algum tipo de isolamento, ou que moram em regiões da cidade com os mais altos índices de privação social.
A pesquisa confirma dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) que no Brasil e nos países desenvolvidos a primeira causa de incapacitação para o trabalho e de morte precoce é a depressão.
 

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