Segundo CGU, mais de meio bilhão de reais foram retirados dos cofres público. Porém, para deputado associar partido ao escândalo é uma “falácia”.
Foto: Elpídio Júnior
Henrique Eduardo Alves, líder do PMDB na Câmara dos Deputados.
“Se alguma irregularidade houvesse, que fosse responsabilidade do dirigente, as contas de Dr. Danilo [ex-presidente da Funasa indicado pelo PMDB] não teriam sido aprovadas integralmente. Repito! As contas do Dr. Danilo foram aprovadas integralmente, sem ressalvas, tanto pela CGU quanto pelo TCU [Tribunal de Contas da União]”, postou em seu Twitter o deputado.
A Funasa está sob comando do PMDB desde 2005 e Henrique reconhece que fez as indicações. “O PMDB da Câmara foi responsável pela indicação de Dr. Danilo Forte para a presidência da Funasa. Ele foi sucedido, com nosso apoio, em março de 2009 por Faustino Lins - servidor público federal desde 1970”, disse.
Blog do Diógenes: Henrique Alves rebate acusações de que desvios na Funasa é obra do PMDB
Apesar de reconhecer as indicações, Henrique diz que elas são ínfimas diante da quantidade de cargos que há no Ministério da Saúde, um total de 1262. Para o parlamentar, associar suas indicações ao desvio de verba pública é uma “falácia”. “Repito: aqui se desmoraliza a falácia sobre a indicação de cargos”, protestou, ressaltando o caráter técnico dos apadrinhados.
"Ambos [os presidentes da Funasa] com excelente currículo, com perfil adequado aos critérios técnicos exigidos. E desenvolveram uma gestão de qualidade", atesta, mesmo diante das acusações que recaem sobre os gestores.
Henrique lançou um desafio para provar que o PMDB não tem tantos cargos quanto se especula. “Quem quiser averiguar as nomeações do Ministério da Saúde, pode fazer uma pesquisa entre os 1262 cargos do Ministério. Por exemplo, é só escolher 30 nomes aleatoriamente e perguntar aos comissionados quem os indicou para aquela função”, sugeriu.
No entanto, mesmo não ocupando mais cargos como, aliás, o partido pretendia, a presidência da Funasa pertencia ao PMDB. Henrique relata que se desentendeu com o ex-ministro da Saúde, José Gomes Temporão, justamente porque ele deseja fazer mais “indicações técnicas” para o órgão federal.
A guerra por cargos existente na época do presidente Lula (PT) persiste no Governo de Dilma Rousseff (PT), sendo a Funasa o principal alvo dos peemedebistas na briga por espaços no segundo escalão.
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