segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Henrique defende indicados do PMDB acusados de desvios na Funasa

Segundo CGU, mais de meio bilhão de reais foram retirados dos cofres público. Porém, para deputado associar partido ao escândalo é uma “falácia”.

Por Túlio Duarte
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Foto: Elpídio Júnior
Henrique Eduardo Alves, líder do PMDB na Câmara dos Deputados.
O líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, saiu em defesa de seus apadrinhados políticos que estão sendo acusados de desviar mais de meio bilhão de reais dos cofres da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), segundo aponta investigação conduzida pela Controladoria Geral da União (CGU).

“Se alguma irregularidade houvesse, que fosse responsabilidade do dirigente, as contas de Dr. Danilo [ex-presidente da Funasa indicado pelo PMDB] não teriam sido aprovadas integralmente. Repito! As contas do Dr. Danilo foram aprovadas integralmente, sem ressalvas, tanto pela CGU quanto pelo TCU [Tribunal de Contas da União]”, postou em seu Twitter o deputado.

A Funasa está sob comando do PMDB desde 2005 e Henrique reconhece que fez as indicações. “O PMDB da Câmara foi responsável pela indicação de Dr. Danilo Forte para a presidência da Funasa. Ele foi sucedido, com nosso apoio, em março de 2009 por Faustino Lins - servidor público federal desde 1970”, disse.

Blog do Diógenes: Henrique Alves rebate acusações de que desvios na Funasa é obra do PMDB

Apesar de reconhecer as indicações, Henrique diz que elas são ínfimas diante da quantidade de cargos que há no Ministério da Saúde, um total de 1262. Para o parlamentar, associar suas indicações ao desvio de verba pública é uma “falácia”. “Repito: aqui se desmoraliza a falácia sobre a indicação de cargos”, protestou, ressaltando o caráter técnico dos apadrinhados.

"Ambos [os presidentes da Funasa] com excelente currículo, com perfil adequado aos critérios técnicos exigidos. E desenvolveram uma gestão de qualidade", atesta, mesmo diante das acusações que recaem sobre os gestores.

Henrique lançou um desafio para provar que o PMDB não tem tantos cargos quanto se especula. “Quem quiser averiguar as nomeações do Ministério da Saúde, pode fazer uma pesquisa entre os 1262 cargos do Ministério. Por exemplo, é só escolher 30 nomes aleatoriamente e perguntar aos comissionados quem os indicou para aquela função”, sugeriu.

No entanto, mesmo não ocupando mais cargos como, aliás, o partido pretendia, a presidência da Funasa pertencia ao PMDB. Henrique relata que se desentendeu com o ex-ministro da Saúde, José Gomes Temporão, justamente porque ele deseja fazer mais  “indicações técnicas” para o órgão federal.

A guerra por cargos existente na época do presidente Lula (PT) persiste no Governo de Dilma Rousseff (PT), sendo a Funasa o principal alvo dos peemedebistas na briga por espaços no segundo escalão.

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