domingo, 29 de maio de 2011

Medicamentos: pesquise antes de comprar

Remédios podem ser vilões do orçamento se o consumidor não comparar preços
Paulo Nascimento // Especial para O Poti // paulonascimento.rn@dabr.com.br

Em tempos de dificuldades financeiras, a pesquisa é essencial para as compras de qualquer item. Segundo pesquisas recentes feitas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os gastos das famílias brasileiros apenas com medicamentos (sem incluir os desembolsos com consultas, planos de saúde e internamentos, por exemplo) supera a casa dos R$ 40 bilhões por ano. Assim, a compra de medicamentos representa em torno de um terço dos gastos com saúde no Brasil.


Diferença de preço para um mesmo remédio supera 400%. Foto: Fábio Cortez/DN/D.A Press
Pesquisas realizadas em vários estados brasileiros constataram variações de preços de quase 1.000% em remédios populares, como o anti-inflamatório diclofenaco de sódio. Em Natal, a realidade não é diferente. Apesar do Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/Natal) e do Procon Estadual não possuírem pesquisas sobre os preços praticados nas farmácias locais, a reportagem de O Poti esteve em seis drogarias espalhadas pelas quatro zonas urbanas da capitalpotiguar em busca de saber os valores de venda de nove medicamentos, entre os mais vendidos nas drogarias, comparando o preço do medicamento genérico com o de referência, ou seja, os de marcas conhecidas da população.

Segundo os números da pesquisa, realizada na última quinta-feira, os populares Tylenol, Plasil e Voltaren, além do antibiótico Amoxil, são os que apresentaram as maiores diferenças de preços, em especial nos medicamentos genéricos, que tem os princípios ativos paracetamol, cloridrato de metoclopramida, diclofenaco sódico e amoxicilina, respectivamente. A pesquisa, feita em drogarias das maiores redes da cidade, utilizou-se dos medicamentos de referência e genéricos como parâmetros, não escolhendo laboratório e sim a opção mais barata de venda.

A dipirona sódica, de acordo com a pesquisa, registrou a maior diferença entre o medicamento de referência (Novalgina - Laboratório Sanofi Aventis) e seu genérico. A diferença constatada para o medicamento, vendido em um frasco de 10ml, ficou aproximadamente em 416%, em uma farmácia da Zona Norte. Em números brutos, o consumidor que resolver comprar o genérico, ao invés da Novalgina, economizará R$ 6,25 em cada frasco.

Mesmo entre os medicamentos genéricos, como a dipirona sódica, as diferenças são significativas. O menor preço do frasco de dipirona constatado na pesquisa, encontrado em duas farmácias da Zona Norte, é de R$ 1,50, enquanto que o maior preço, encontrado em uma drogaria no bairro da Candelária, Zona Sul de Natal, é de R$ 4,35. Uma economia de R$ 2,80, mesmo entre os genéricos.

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