quinta-feira, 19 de maio de 2011

Mistério // Gari acha embriões no lixo



Dois embriões masculinos de aproximadamente 12 semanas de gestação foram encontrados ontem por um gari em um depósito de plástico, juntamente com uma anfisbena (cobra de duas cabeças), no canteiro central da Rua São José, no bairro de Lagoa Nova, por volta das 9h30. Segundo o médico legista Francisco Ferreira Sobrinho, do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep), todo o material estava conservado em formol. Ele acredita que tanto os embriões como o réptil tenham sido descartados por algum laboratório de universidade ou escola. A polícia não tem suspeitas de quem possa ter feito isso.

Francisco Ferreira informa que um dos embriões media 9,5cm e o outro 8cm. A anfisbena media 55cm de comprimento. Esses três organismos foram comportados em formol dentro de um recipiente plástico. Pelas características, o médico legista descarta que o material tenha sido produzido recentemente. "Com certeza, os dois embriões foram produtos de um aborto. Mas não dá para saber se foi provocado ou não. Certamente eles estão fixados no formol há meses, não foi algo feito hoje ou dias atrás". Um laudo sobre os embriões deverá ser entregue à delegacia de Lagoa Nova em 15 dias. "Nunca tinha visto um caso semelhante e não sei dizer que tipo de crime se trata".

O gari Márcio de Oliveira Inácio, 36 anos, foi quem achou o material. Ele conta que estava fazendo a limpeza do canteiro da Rua São José quando viu, em meio ao lixo, o depósito plástico. "A princípio, até me afastei um pouco. Mas voltei e olhei com mais atenção. Depois que vi o que era, chamei outras pessoas, que ligaram para a polícia".

O major PM Júlio Vilela, chefe de operações do comando de policiamento metropolitano, diz que, a princípio, não há qualquer suspeitas de quem possa ter descartado o material no local. "Principalmente porque não há testemunhas". O fato será apurado, após a greve em andamento da polícia, pela delegacia do 5ª Distrito Policial, em Lagoa Nova.

O delegado Roberto Andrade, da Delegacia de Homicídios (Dehom), diz que é preciso apurar as circunstânciasdesse fato, pois não se sabe qual a origem exata dele. O médico legista Franscisco Ferreira ressalta que, mesmo para descarte de material orgânico, há procedimentos a serem feitos. "É preciso levá-los a um cemitério e enterrá-lo".

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