domingo, 8 de maio de 2011

O encontro que vai durar uma vida inteira

Para homenagear as mães em seu dia, O Poti conta o "nascimento" de uma delas e mostra várias facetas da maternidade
Jussara Correia // jussaracorreia.rn@dabr.com.br



F oi exatamente às 9h55 da última quinta-feira que Henrique Gabriel olhou para o seu primeiro e grande amor, sua mãe, Débora Mara Medeiros. Para a jovem de 20 anos, que deu à luz ao seu primeiro filho, o Dia das Mães agora tem um sentido totalmente novo. Embalada pelo carinho de seus familiares e com a certeza de que está diante do que chamamos "amor incondicional", Débora se prepara para uma nova e desafiadora rotina. Guiar os passos de uma criança, erguê-la em todas as quedas, tanto físicas quanto emocionais, atravessar as fases da vida: algumas das tarefas que essa mãe tentará executar, de preferência com os braços abertos, estendidos para essa relação eterna.


Logo após o parto, a alegria de curtir o momento: "é uma sensação inexplicável; agora a ficha caiu". Foto: Eduardo Maia/DN/D.A Press
O pequeno Henrique veio ao mundo com 4 kg e 50 cm, pelas mãos da ginecologista e obstetra, Rosamaria Queiroz. Enquanto berrava no berçário, o menino não poderia imaginar como foram os momentos que antecederam a sua chegada. Enquanto se preparava para entrar na sala de parto, Débora não conseguia conteras lágrimas. Ela bem que tentou, mas, numa mistura de medo e felicidade, a nova mamãe preferiu se entregar às emoções. Acompanhada do seu marido, Herbert Henrique Santos do Nascimento, dos pais José Francisco da Rocha e Lindeusmar Medeiros da Rocha, e do irmão Lucas Medeiros, a jovem mamãe deu entrada na internação às 7h e começou a contagem regressiva.

Durante a espera, o pai de Débora, José Francisco, era só emoção. Ao olhar para a enorme barriga de sua filha, o marceneiro lembrou de quando viveu aquele momento, pela primeira vez. "Parece que foi ontem que ela nasceu. Agora estou diante da chegada do meu primeiro neto", disse o avô, que fez questão de projetar e construir todo o quarto do netinho. A avó, Lindeusmar, olhava para aquela cena como se tentasse livrar a filha de qualquer medo ou preocupação com o parto. O irmão de Débora, Lucas, até então o caçula da família, com 15 anos, estava ansioso para conhecer o sobrinho e garantia que não estava enciumado de perder o posto de "queridinho". O futuro pai,Herbert, tentava acalmar a esposa, mas não escondia a ansiedade de viver aquele momento.

Enfim, chega a hora. Às 9h20 Débora entra na sala de parto e, 30 minutos depois, o novo papai sai correndo no corredor para comunicar à família que o pequeno Henrique chegou. "É uma emoção tão forte. Já tinha ouvido dizer que era a realização da nossa vida, mas agora sei como é. Um sentimento de missão cumprida ao vê-lo todo perfeito", disse Herbert, emocionado. O vidro do berçário separava, apenas por alguns instantes, os avós do seu primeiro netinho. "Olha como ele é grande! Muito lindo", disse a avó materna, Lindeusmar.

Agora, com seu filho nos braços, Débora conheceu o verdadeiro significado da palavra "amor". "Quando os médicos colocaram ele perto de mim, ainda na sala de parto, foi tão bom, mágico. Sentir o corpinho dele no meu ombro. É uma sensação inexplicável. Agora a ficha, de fato, caiu", disse Débora olhando para o pequeno Henrique, que dormia nos seus braços, parecendo ter certeza que aquele colo irá lhe acolher por muitos e muitos anos.

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