sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Mineiro critica governo por “olhar apenas no retrovisor” e cobra ações

Deputado estadual critica postura de denúncias ao governo passado e diz que população espera ações prometidas na campanha.

Por Marília Rocha
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Fotos: Delma Lopes
Deputado estadual Fernando Mineiro (PT) concede entrevista ao Jornal 96.
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O deputado estadual Fernando Mineiro (PT) criticou a postura do Governo do Estado liderado por Rosalba Ciarlini (DEM), em entrevista ao Jornal 96, da 96 FM na manhã desta sexta-feira (11). Ele diz que o governo tem “olhar apenas no retrovisor” denunciando, indagando e expondo a situação negativa das finanças do Estado e cobra ações positivas, lembrando que a população elegeu os líderes para trabalhar.

“A avaliação que faço é que após 41 dias da posse o governo só tem olhado pelo retrovisor e a população não elegeu esse governo para eles olharem pelo retrovisor. Quem olhou para trás virou uma estátua de sal. Se é verdade que estava tudo desorganizado, organize. A equipe que tem nomes importantes e a população quer que ela olhe para frente”, explica.

Mineiro foi líder do governo de Iberê Ferreira (PSB) na Assembleia e disse que irá manter a postura de oposição, cobrando a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) o que ela prometeu. “Eu vou fazer o trabalho para o qual fui eleito, vou cobrar o que a governadora apresentou na campanha e ainda levar propostas da população”, frisou.

Sobre o aniversário de 31 anos do Partido dos Trabalhadores, comemorado esta semana, Mineiro comentou o crescimento do partido e as mudanças provocadas pelos filiados do PT no Brasil. “A maior conquista do partido foi o fato do PT ter possibilitado que pessoas como eu pudessem chegar a um cargo na política. O PT possibilitou ainda a participação de mais de um 1 milhão de pessoas pudessem atuar com recorte progressista e popular e nesta trajetória, eu digo com muito orgulho - de erros e acertos - temos mais acertos”, justifica.

Questionado sobre o que mudou no PT neste 31 anos, Fernando Mineiro disse que a modernização e que hoje o partido é um exemplo para o mundo. “O PT de hoje é diferente, não só pelo fato temporal, mas o Brasil mudou, se modernizou, isso também acontece com os partidos. O PT tem outra maneira, entrou na institucionalidade e hoje é um exemplo por mundo”, garante o deputado.
Foto: Delma Lopes
"O PT entrou na institucionalidade e hoje é um exemplo por mundo”, garante o deputado.

Mineiro cita ainda as lutas que o PT liderou no país, a maneira que o partido nasceu - dialogando com os movimentos sociais – e as profundas mudanças que provocou. “O governo é do PT e seus aliados, mas hoje o partido tem a
maior bancada na Câmara Federal e foi o grande vencedor das eleições 2010”, contextualiza.

Ainda sobre a influência do PT junto aos populares, Mineiro conta que muita gente se sente petistas, mesmo sem ser filiado. “Ontem, estávamos na Praça Gentil Ferreira comemorando o aniversário do partido e as pessoas diziam ‘eu sou di OT’ mesmo sem serem filiados”, conta.

Outro foco da entrevista foi o comentário de Mineiro sobre o governo de Dilma Rousseff (PT), primeira mulher eleita presidente do Brasil e que faz parte da história do partido como militante do PT. “Dilma tem uma luz própria e a maior bancada na Câmara Federal”, afirma.

Ele falou ainda sobre a participação de José Dirceu, ex-ministro chefe da Casa Civil na gestão do ex-presidente Lula (PT). “O José Dirceu sempre esteve no PT, ele tem – como todos nós – seus defeitos, mas é um grande quadro da esquerda brasileira. Ele foi o único que foi punido por aquele processo (Mensalão) e quer ser julgado, quer que o processo se defina”, explica Mineiro.

Sobre a participação de Lula no governo Dilma, Mineiro diz que o ex-presidente só tem a contribuir. “O Lula vai contribuir e muito com o governo, com o Brasil e com o mundo. Lula conquistou o mundo, ele tem contribuído para debater as questões no mundo”, conclui.

O tema “suplentes” também foi alvo de comentários pelo deputado estadual que afirmou que a vaga de licença dos deputados, vereadores é destinada ao partido e dos que renunciam é destinada as coligações. “Quem tirou licença, a vaga vai para o partido. Quem sair da vaga, a suplência vai para as coligações”, frisa.

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