terça-feira, 7 de junho de 2011

Cerca de 400 policiais civis se reúnem em manifestação

Em greve desde 17 de maio, categoria caminhou pelas ruas de Natal, ontem, cobrando mais atenção às reivindicações
Jussara Correia // jussaracorreia.rn@dabr.com.br



N uma manifestação considerada histórica pela categoria, cerca de 400 policiais civis caminharam, ontem, da sede do Sindicato, no Centro da Cidade, até a governadoria. A ideia desses profissionais, que estão em greve desde o dia 17 de maio, era sensibilizar os representantes do estado, em especial a governadora Rosalba Ciarlini, no intuito de abrir um novo canal de negociações. O protesto percorreu as ruas João Pessoa, Jundiaí e Pudente de Morais e, nesta última, deixou o trânsito um pouco lento. Durante a caminhada, os policiais - que usavam coletes pretos e nariz de palhaço -, falavarm dos principais pontos de reinvidicação e convidavam a população a apoiar o movimento. "A governadora não está preocupada com vocês. De forma intransigente, ela não negocia com o trabalhador", diziam nos microfones.


Servidores percorreram mais de 7 km, de Cidade Alta à sede da governadoria Foto: Ana Amaral/DN/D.A Press
Ao chegar na governadoria, os policiais ficaram parados na entrada do prédio, com banda de música, faixas e apitos. No microfone, alguns membros da categoria falavam para tentar chamar a atenção dos representantes do governo. Entre os pedidos feitos pelos civis estão o cumprimento da Lei 417/2010, que visa o enquadramento salarial da categoria; a nomeação dos concursados, no intuito de aumentar o efetivo; a retirada dos presos das delegacias e melhorias nas condições de trabalho. "Queremos, ao menos, que o governo apresente uma proposta concreta. Na última reunião que tivemos, nada ficou resolvido. Estamos satisfeitos com essa manifestação, pois quase todos os policiais de Natal estão aqui. Só estão trabalhando os 30% exigidos por lei. É uma paralisação forte, como nunca houve", disse o vice-presidente do Sinpol, Djair Oliveira.

A presidente do Sindicato, Vilma Sampaio, disse que o governo está deserpeitando os policiais civis, tendo em vista que foram apresentadas propostas para os servidores da Educação e da Saúde. "Estão faltando com respeito ao setor que lida com a defesa da vida", disse Vilma. Entre as principais reivindicações da categoria estão: a retirada total dospresos das delegacias (capital e interior), substituição das "quentinhas" pelo vale-refeição, serviço de limpeza para as delegacias, regulamentação do livre acesso dos Policiais Civis aos locais sujeitos a fiscalização da polícia e nomeação dos aprovados no último concurso. "O Rio Grande do Norte elegeu uma rosa que se tornou uma coroa de espinhos. Na época de campanha disse na imprensa que uma das prioridades era a segurança, mas trata os servidores dessa forma", disse.

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