Deputados discutem aeroporto

Comissão da Câmara federal visita São Gonçalo do Amarante para falar sobre benefícios econômicos
Francisco Francerle // franciscofrancerle.rn@dabr.com.br

AInfraero já executou cerca de 84% da obra que lhe cabe no Aeroporto de São Gonçalo. A informação é do engenheiro responsável pela obra, Ibernon Martins Costa, ao fazer uma explanação rápida da obra e os benefícios que trará para a economia do Rio Grande do Norte, no encontro com autoridades políticas que participaram, ontem, do simpósio "Desenvolvimento Regional e Exportação: Aeroporto de São Gonçalo do Amarante - Desafios e Perspectivas para o Estado do Rio Grande do Norte", promovido pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados (CDEIC), presidida pelo deputado federal potiguar João Maia. O encontro foi precedido de uma visita às instalações do futuro aeroporto.

Ao contrário do que estava previsto, os ministros Gleisi Hoffmann (Chefe da Casa Civil), Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional) e Mário Negromonte (Cidades) apenas mandaram representantes, bem como a governadora Rosalba Ciarlini (DEM). Cinco dosoito deputados federais potiguares compareceram ao evento. Além de João Maia, estavam presentes, Fátima Bezerra (PT), Sandra Rosado (PSB), Felipe Maia (DEM) e Paulo Wagner (PV). De outros estados estavam presentes os deputados Miguel Correia (PT/MG) e José Augusto Maia (PSB/PE).

O encontro discutiu os aspectos operacionais, econômicos, oportunidades de investimentos, qualificação de mão de obra, além dos gargalos com a instalação do aeroporto no município. Para o deputado João Maia, o aeroporto vai mudar a economia do Rio Grande do Norte. "O aeroporto tem várias particularidades: tem uma pista para receber o maior avião em operação do mundo, o Airbus A380. O aeroporto também servirá para aviões de carga, o que vai desafogar os aeroportos localizados no Sudeste do País. É o primeiro experimento no Brasil nesse porte. Quando construído vai permitir que um vôo entre Natal e Alemanha seja feito sem a necessidade de abastecimento", disse ele.

Segundo explicou João Maia, o objetivo do simpósio é não deixar que aconteçam os projetos para somente depois correr atrás. "Nós queremos mapear todas as ações que precisamos para nos antecipar aos problemas. Porque temos que nos preparar para essa verdadeira revolução que o aeroporto vai proporcionar ao Rio Grande do Norte. Com essa obra, vão se instalar aqui todas as empresas de cargas que atuam no país, porque os grandes aviões vão pousar aqui e daqui distribuir as cargas e passageiros para América do Sul inteira e o Brasil". Para ele, isso vai gerar muitos empregos e oportunidades de negócios, além de desenvolvimento local e regional. "Por isso, a Prefeitura de São Gonçalo terá que se antecipar porque se não tiver mão-de-obra qualificada terá que importar profissionais de outros estados", alertou.

O prefeito de São Gonçalo, Jaime Callado, destacou a importância do aeroporto e disse que está melhorando a infraestrutura do município, já tendo conseguido aprovar um projeto no PAC 2, no valor de R$ 80 milhões, para resolver o problema da água tanto do aeroporto quanto do município, bem como de saneamento e esgoto. Callado também disse que já estão previstos os recursos para a relocação da comunidade Padre João Maria, com custo de R$ 19 mi já assegurado.

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