De origem tailandesa, luta marcial vira febre nas academias de Natal
Luan Xavier // luanxavier.rn@dabr.com.br
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Não é de hoje que as artes marciais têm despertado cada vez mais o interesse de pessoas que desejam iniciar em algum esporte. Em Natal não é diferente, tanto que o número de academias especializadas em oferecer aulas de alguma luta vem aumentado consideravelmente desde o início da década passada. O que mais chama a atenção atualmente é uma febre que se espalhou entre os potiguares e que hoje é um dos esportes mais procurados por quem deseja aprender alguma luta: o muay thai. Surgido na Tailândia, o esporte, também chamado de boxe tailandês, tem uma tradição de mais de dois mil anos de existência, sendo preferência nacional em seu país de origem. No Brasil, segundo os professores da arte, a transmissão de eventos esportivos relacionados às lutas foi o que motivou a nova moda, que já tomou conta as academias de Natal.
![]() Professor Gibson (D) teve que aumentar o número de aulas Foto: Ana Amaral/DN/D.A Press |
As motivações para iniciar no esporte são várias, desde condicionamento físico a interesse em conhecer melhor o esporte. Apesar de ser um esporte de contato pleno, o muay thai instiga aqueles que assistem a pelo menos um treino da atividade e atrai adeptos de todas as idades e sexos. Foi o caso de Ito Andrade, de apenas 14 anos. Um dos mais novos alunos da academia de Gibson, ele conta que sempre teve vontade de conhecer o muay thai, principalmente porque via na televisão e na internet debates e demonstrações do esporte. No começo foi um pouco complicado, mas depois ficou fácil de convencer a deixá-lo praticar o esporte. Treinando há um ano e dois meses, Ito se destaca no meio dos grandes. Mas não faz feio. "Eu prefiro treinar com os mais velhos", responde
Ao contrário do que possa parecer, quem também faz bonito nas aulas de muay thai são as mulheres. Antes havia um horário específico para elas, até que o professor Gibson decidiu mesclar as turmas. Por que? "Mulher rende muito mais se treinar com homem", explica. "O treino apenas entre mulheres sempre há aquela preocupação nos golpes, é mais parado, mais devagar. Com homens elas se sentem motivadas a mostrar que também podem e que estão preparadas tanto quanto eles", comenta. Para Marília Azevedo é exatamente assim. Aos 23 anos, a professora de educação física é praticante do muay thai há cinco. Começou por vontade própria e em busca de um melhor condicionamento físico. Questionada se o fato de treinar comhomens lhe trazia problemas, ela reforça a tese de seu professor. "Com homem é melhor. O treinamento é bem mais puxado, mais intenso", diz. Para Marília, que também dá aulas de musculação, o principal motivo da procura de mulheres é o condicionamento físico alcançado de forma mais rápida e dinâmica que em outras atividades, devido ao intenso gasto calórico provocado pela intensidade dos treinamentos.
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